segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

AVICULTURA EMPRESARIAL COM UNIDADE MODELO EM CAMPOS.

Programa que incentiva avicultura empresarial tem unidade modelo no RJ

Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012, 11:03:18Economia
A unidade modelo da minigranja do Programa Campos Produz +Frango, em Campos dos Goytacazes, RJ, já desperta o interesse de vários pequenos produtores rurais. É que os 500 pintos colocados no galpão da mini granja, na Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, cresceram em pouco mais de 40 dias e ultrapassam a um quilo, estando em poucos dias praticamente pronto para o abate.A unidade piloto do Programa de Desenvolvimento da Avicultura (Campos Produz +Frango) funciona em área contígua da Escola Técnica Agrícola Antônio Sarlo e está aberta à visitação para conhecimento das formas de manejo das aves e para conhecimento das instalações.
A implantação de cada unidade é feita em parceria com o Sindicato dos Ceramistas e pequenas metalúrgicas da Baixada Campista. Para baratear os custos da montagem da mini granja, é preciso ter tijolos e, graças à parceria com o Sindicato dos Ceramistas, conseguimos reduzir os custos. Assim, obtivemos tijolos requeimados a preço de custo. O tijolo é bom para assegurar que as paredes das instalações do galpão não fiquem frágeis nem com tanta umidade.
A construção dos galpões das mini granjas é viabilizada também graças à parceria que firmamos com pequenas metalúrgicas da Baixada Campista, que recortam, dobram e soldam materiais recicláveis obtidos de plataformas da Petrobras na Bacia de Campos.
Também foi firmado parceria com a Uenf e com a Cooperativa Agroindustrial do Rio de Janeiro para uso de bagaço de cana desfibrada, como ração alternativa, que tem pequeno teor de sacarose e não apresenta problemas de nutrição para os frangos, conforme acompanhamento com técnicos do CCTA (Centro de Ciência de Tecnologia para a Agricultura), que já observaram que o bagaço desfibrado não deixa proliferar fungos. O alimento é de baixo custo.
A parceria visa proporcionar instalação de micro granjas para a introdução da avicultura nas propriedades rurais de 20 pequenos produtores que vão estar integrados ao programa Campos Produz + Frango nesta fase inicial.
Os pequenos galpões vão ter em média 140m² e serão construídos com alvenaria e superestrutura e cobertura metálica. Ele explica que os galpões que vão abrigar as micro granjas obedecem critérios técnicos direcionados a assegurar a climatização com temperatura ideal para o desenvolvimento das aves.
As paredes dos galpões serão de tijolos requeimados e terão altura adequada para ajudar no controle da ventilação, radiação, temperatura e umidade do ambiente onde os pintos serão criados, de forma a estarem prontos para o abate entre 42 e 45 dias.
Fonte:  Blog Eduardo Crespo

ESTUDOS LISTA OS DESAFIOS AMBIENTAIS DESTE SÉCULO.

Estudo lista os desafios ambientais deste século

Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012, 08:59:49Meio Ambiente
A comunidade científica internacional listou as 21 questões ambientais emergentes no século XXI, e no topo do ranking está a necessidade de ajustar a governança aos desafios da sustentabilidade global. Ou seja: no sistema atual faltam representatividade, dados, transparência, maior participação e eficiência na transição para economias de baixo carbono. O segundo lugar do ranking é surpreendente: não há profissionais capacitados para a economia verde.
Governança é um temas-chave da Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que acontece no Rio em junho.
Ali o debate será sobre fortalecer e achar uma nova arquitetura para ambiente e desenvolvimento Cientistas sustentável dentro da ONU. No estudo, divulgado esta semana em Nairóbi, cientistas apontam uma falha generalizada que extrapola a ONU e existe nas pequenas comunidades, cidades e regiões e em nível nacional. Há um grande descompasso entre o que a ciência aponta como problemático e a capacidade dos governos de encontrar soluções, mesmo que existam mais de 900 acordos internacionais com foco na proteção ambiental. A convenção do clima é um dos exemplos emblemáticos.
Os problemas de governança ambiental ganharam o topo da lista de temas que 428 cientistas de todo o mundo reconhecem como muito importantes, mas que, acreditam, não estão recebendo a merecida atenção dos governos. O estudo "21 Questões para o Século 21" levou quase um ano para ser realizado pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma). A intenção é informar os líderes que vão tomar decisões na Rio+20.
O segundo lugar no ranking é a ausência de profissionais capacitados para o desenvolvimento sustentável. Um estudo recente do Pnuma com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nos EUA esbarrou na falta de engenheiros que pudessem desenhar geradores solares. "Nos próximos dez anos, muitas usinas nucleares no mundo serão desativadas, o que irá produzir um enorme volume de lixo atômico", explica Joseph Alcamo, cientista-chefe do Pnuma e coordenador da pesquisa.
Segundo ele, há entre 35 e 40 usinas nucleares no mundo construídas nos anos 70 e que se aproximam do prazo de validade. "O volume de lixo nuclear de uma usina desativada pode ser entre 10 a 2.000 vezes maior do que quando ela estava em operação", estima. Não há técnicos especializados neste assunto e menos ainda na proporção necessária. "É preciso educar e capacitar para estes desafios", diz.
Para 84% dos especialistas do estudo, a segurança alimentar será uma grande questão no século em que a população mundial chegará a 9 bilhões. O temor não é novo, mas há uma novidade, diz Alcamo: "É a dimensão ambiental do problema". Trata-se de produção de alimentos ameaçada pela mudança climática, pela competição pela terra entre comida e biocombustíveis ou que enfrenta falta de água.
"Peixes representam 10% das calorias consumidas pelas pessoas no mundo, e 25% dos estoques estão esgotados ou super explorados". "Há zonas pesqueiras mortas perto da costa em função da poluição das águas", destaca. A produção de biocombustíveis tem ocupado mais 2 milhões de hectares de terra por ano. Há um acréscimo de 2 a 5 milhões de hectares ao ano de solos degradados. "Há muitas soluções para isso", diz. "Um deles é recuperar as áreas degradadas."
Cientistas acreditam que reconstruir a ponte entre ciência e política é outra questão, assim como lidar com migrações resultantes da mudança do clima, o potencial colapso de sistemas oceânicos e o derretimento das geleiras.
Fonte:  Valor Econômico

ENERGIA RENOVAVEL

"É possível levar energia renovável para todos", diz Connie Hedegaard

Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2012, 08:37:20Bioenergia, Pesquisa e Desenvolvimento
Pragmática, a dinamarquesa Connie Hedegaard, é uma mulher que acredita em metas. A comissária europeia para ação climática, famosa por seu protagonismo na conferência do clima de Copenhague, em 2009, e também em Durban, na África do Sul, em 2011, chega ao Brasil hoje convencida de que tornar concreta a meta de dar acesso universal a energia renovável, em 2030, poderia ser um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODG) a ser imediatamente implementado ao fim da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, em junho, no Rio.
Para a ex-ministra do meio ambiente, de cooperação, e de clima e energia da Dinamarca, não é preciso esperar pelo detalhamento de todas as outras áreas - que podem tratar de temas tão diversos como água, oceanos ou consumo - para dar a partida aos ODG. "O objetivo da energia poderia começar já", defende. "É muito importante que miremos coisas tangíveis e que tenham resultado a curto prazo."
Nesta entrevista, concedida em Nairóbi, no Quênia, onde participou das comemorações do 40º aniversário do Pnuma, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, ela evitou falar sobre as mudanças na governança institucional ambiental e de desenvolvimento sustentável que a Rio+20 pode produzir. O tema é controverso. A Europa quer que o Pnuma se transforme em uma agência ambiental da ONU. O Brasil quer fortalecer o Pnuma, mas aposta na criação de um órgão de desenvolvimento sustentável.
"Temos de responder, no dia seguinte à conferência, à pergunta: o que a Rio+20 mudou na vida dos cidadãos?"
Connie Hedegaard tem encontros em Brasília com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e uma agenda que termina em São Paulo e mistura clima e Rio+20. Ela participou do Painel de Alto Nível sobre Sustentabilidade Global da ONU e tem, na cabeça, visão de longo prazo para o crescimento dos países fundamentada na economia verde. "Se a Rio+20 mudar este paradigma, será um grande ganho", diz. A seguir, trechos da entrevista:
Valor: Qual o perfil da sua visita ao Brasil? Mais mudança climática ou mais Rio+20?
Connie Hedegaard: É uma agenda mista. Fiz parte do painel das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável junto com a ministra Izabella Teixeira, e, claro, temos ambas interesse na agenda climática. Em Durban, o Brasil e a Europa tiveram uma cooperação muito construtiva. Espero que possamos avançar na agenda do clima para a próxima reunião, no Qatar. E agora, tão perto da Rio+20, é natural que discutamos alguns temas da conferência.
Valor: A senhora diz que a Rio+20 não é uma árvore de Natal. O que quer dizer?
Hedegaard: É que todos vêm com todos os seus desejos para a conferência. Mas deveríamos ter em mente que muita gente lá fora pensa que estes são tempos muito desafiadores. As pessoas percebem que a economia, os mercados, os bancos estão globalizados, e temos que mostrar que o globalizado sistema político multilateral pode dar algumas respostas claras. Acho que um dos desafios da Rio+20 não é escrever um monte de declarações, mas temos que ser capazes de, no dia seguinte à conferência, responder à pergunta: o que a Rio+20 mudou na vida dos cidadãos?
Valor: A senhora tem algum exemplo do que poderia ser decidido no Rio, em junho?
Hedegaard: Saliento a meta de acesso a energia sustentável para todos. Isso é algo muito concreto. Se há uma lição que aprendemos na Europa é que ajuda muito ter metas porque faz com que os governos tenham foco. Metas também fazem com que os investidores se mexam em determinadas áreas, se souberem quais são os objetivos e se tiverem alguma previsão. Acredito que há muitos investidores lá fora que gostariam de investir em energia. Mas eles têm que ter indicações claras de que isso é para valer. A sociedade global está levando a sério essas metas? O que significa dar acesso à energia sustentável para todos, em 2030? É sobre conseguir mais eficiência energética? Como podemos medir isso? Podemos fazer uma enorme diferença se decidirmos que, agora, vamos estabelecer estes padrões.
Valor: No final da Rio+20, o que terá sido um bom resultado, na sua opinião?
Hedegaard: Acredito que um bom resultado será se o mundo puder abraçar o conceito de economia verde. Conseguindo isso, a conferência do Rio poderia marcar uma real mudança de paradigma. Seria o momento em que as pessoas e os governos entenderiam que não podemos continuar fazendo as coisas como sempre, o que se chama "business as usual". Não é assim que tornaremos as economias sustentáveis, não se criarão sociedades sustentáveis. Temos que mudar a maneira em que percebemos o crescimento e mudar para uma maneira mais eficiente de usar a energia e os recursos naturais. Se a Rio+20 puder marcar esta mudança, penso que terá sido um ganho muito grande.
Valor: A Rio+20 não irá produzir tratados internacionais com força legal. Isso é um problema?
"É importante se ter uma estratégia coerente para combater a mudança climática"
Hedegaard: Quando foram estabelecidos os Objetivos do Milênio, dez anos atrás, perguntei ao então primeiro ministro de Moçambique o que estas metas significavam para o seu governo. Ele respondeu que representavam um incrível estímulo para que pudessem definir os processos e os caminhos de desenvolvimento do país. Os objetivos do milênio significam acesso à água, maior participação das mulheres, educação, e isso faz diferença. É o mundo querendo medir se está se mexendo na direção certa ou não. Basicamente é a mesma coisa que podemos fazer com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na Rio+20. E, claro, se falarmos, vamos adotar a meta do acesso à energia renovável, teremos que encontrar uma metodologia que mostre como chegaremos a isso.
Valor: Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODG) que podem ser adotados na Rio+20 seriam um avanço nesta direção?
Hedegaard: A Europa pensa que os ODG podem ser algo muito bom. Agora, um dos desafios da Rio+20 é ver se a comunidade internacional está pronta para definir quais são estes objetivos.
Valor: Como assim?
Hedegaard: Dizer quais são os objetivos, quais as áreas e quais as metas. Uma área em que o trabalho preparatório já foi extremamente feito, dentro do sistema das Nações Unidas, é energia. Então, de um lado, poderíamos indicar que queremos ODGs neste e naquele campo, mas se tivermos alguma área mais específica, ou que está mais pronta, por que não começar com este setor imediatamente? Por que temos que esperar para conseguir detalhar outras áreas para implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Somos muito favoráveis ao que o mundo promova estas metas, só acho que não precisamos ter cada uma delas muito detalhada e definida já no Rio. Talvez, na conferência, os temas possam ser identificados e começar um processo.
Valor: Os assuntos poderiam ser definidos no Rio. Mas o que mais?
Hedegaard: Por exemplo, uma meta poderia ser sobre pesca sustentável. O que isso significa, como podemos detalhar o objetivo e como chegar a ele. Mas se não tivermos condições de fazer tudo nos mínimos detalhes no Rio, deveríamos dizer: este é o prazo final, é o que politicamente queremos fazer e aí voltamos e vemos como a meta poderia ficar. O que digo é que, por exemplo, no campo de energia sustentável nós já temos todos os detalhes.
Valor: Seria um começo, a meta da energia sustentável?
Hedegaard: Sim, poderia começar já, e fazer isso não estaria em contradição com as outras metas. Seria apenas para termos uma ação orientada. E poderia começar no dia seguinte ao término da Rio+20. Ministros brasileiros, comissários europeus, todos nós poderíamos nos perguntar que diferença a Rio+20 pode fazer para o mundo. É muito importante que miremos coisas tangíveis e que tenham resultado a curto prazo.
Valor: O que a senhora poderia dizer sobre a opinião da União Europeia sobre governança?
Hedegaard: Bem, só posso repetir o que Janez Potócnik, comissário da União Europeia para Ambiente, disse sobre isso (em coletiva de imprensa em Nairóbi Potócnik defendeu o fortalecimento do Pnuma e disse que "há desejo de mudanças", mas não se prolongou no tema).
Valor: Como trazer chefes de Estado para o Rio?
Hedegaard: Não tenho comentários. Este é um assunto do governo brasileiro.
Valor: O que esperar da próxima reunião do clima, no Qatar?
Hedegaard: A reunião no Qatar tem que preparar um plano de trabalho muito claro.
Valor: A União Europeia foi protagonista na última conferência climática, em Durban. Como avançar nas negociações?
Hedegaard: Nossa estratégia funcionou. Usamos o fato de que estávamos prontos para aceitar um segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto, assumindo que éramos os únicos países do mundo prontos para isso. Dissemos "ok, vamos deixar o sistema vivo, mas só se outros nos disserem quando o resto do mundo subirá a bordo com algum acordo realmente global." Foi onde chegamos em Durban graças à cooperação dos países africanos e dos países menos desenvolvidos do mundo. Mais de cem países falaram muito claramente para as economias emergentes e aos Estados Unidos: temos que ter agora um sistema global verdadeiro.
Valor: Foi assim que se chegou à promessa de se chegar a um acordo climático global em 2015?
Hedegaard: Alguns países disseram "ok, mas vamos terminar em 2016 ou 2017 e não deveríamos começar este ano." Falamos: "Claro que temos que começar este ano!" Como podemos explicar para qualquer cidadão que a mudança climática é urgente, mas que não vamos começar nada até o ano que vem? Temos que terminar em 2015 porque se há algo que aprendemos neste processo é que ele nunca surpreende com decisões que acontecem mais rápidas do que você imaginou. Sempre leva muito tempo até que se possa concordar com algo e ver aquilo começando a funcionar.
Valor: Então, para se ter um acordo climático global em 2015, o que tem que acontecer no Qatar?
Hedegaard: Em Durban acertamos que temos que terminar as negociações do novo tratado em 2015. Teremos novos elementos sobre a mesa, um novo relatório do IPCC (o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, que reúne os novos estudos científicos sobre o assunto) que será lançado em 2014. E então teremos 4 ou 5 anos para que os países ratifiquem e implementem o acordo e o novo regime comece a operar. Isso leva tempo.
Valor: Qatar é o início disso?
Hedegaard: Qatar é sobre um programa de trabalho bem específico: quem faz o quê dentro de qual prazo. Como estruturamos, o que tem que ser feito politicamente, e por aí vai. Temos que trabalhar de trás para a frente. Pensando que temos de terminar com um acordo global na CoP de 2015, então, que tipo de conhecimento precisamos agora, quais os caminhos, working shops, grupos de trabalho e assim por diante para assegurar que no final de 2015 teremos o acordo. No Qatar também vamos ter que ter avanços no Fundo Verde, o dinheiro terá que começar a fluir.
Valor: E as metas do segundo período de compromisso de Kyoto...
Hedegaard: Sim, vamos submetê-las antes de 1º de maio, o prazo final acertado em Durban.
Valor: Perguntaram como o mundo dos negócios está reagindo à mudança climática e à economia de baixo carbono. A senhora mencionou o que está acontecendo na Tailândia. Pode explicar?
Hedegaard: A Tailândia divulgou números mostrando que nos últimos quatro meses de 2011, perdeu 9% de seu PIB por causa das inundações. Então, se você é uma empresa na Tailândia, você definitivamente aprendeu que continuar a fazer como sempre fez, "business as usual", é algo que pode custar muito. São riscos muito perigosos para os negócios. É por isso, também, que é tão importante ter uma estratégia coerente para combater a mudança climática.
Valor: Mesmo com a crise econômica global, as emissões de gases-estufa ainda estão crescendo. Isso não preocupa?
Hedegaard: Acho que quando temos uma crise global como a que estamos vivendo, é uma oportunidade excelente para repensar o jeito como fazemos as coisas. Estou certa que, muitas empresas e muitos CEOs no mundo todo, durante esta crise, estão olhando para suas contas, vendo quanta energia gastam para fazer seus produtos, quanto aço precisam, quanto consomem de matérias-primas. Porque se uma coisa é certa sobre o futuro, é que estamos em um mundo em que há mais gente, e mais gente virando classe média e com mais possibilidade de consumo, então está claro que a demanda por matérias-primas e por energia irá crescer. Isso significa que os preços irão aumentar e que eficiência energética e eficiência no uso de recursos naturais, serão parâmetros competitivos. Acho que esta lógica está sendo aceita por mais e mais empresários e pelo poder público. Na Europa, agora, estamos falando muito mais sobre eficiência energética nos nossos prédios, na nossa infraestrutura, em como nos tornarmos mais eficientes em termos energéticos. Acho que esta é a mudança de paradigma que espero que a Rio+20 realmente consiga alcançar.
Fonte:  Valor Econômico

domingo, 26 de fevereiro de 2012

ALIMENTAÇÃO ORGÂNICA EM AMPLA CONQUISTA DE MERCADO CONSUMIDOR

Ovos orgânicos coloridos conquistam consumidores

Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2012, 08:50:42Ovos
O consumidor brasileiro está cada vez mais interessado em alimentos orgânicos. Prova disso é que, para alguns produtos, a demanda é maior que a oferta. Em São Paulo, isso acontece com a produção de um tipo de ovo diferente
Não é apenas a qualidade que chama a atenção, mas principalmente as cores. O consumidor pode escolher entre verde, vermelho, e até rosa.
O que determina a cor do ovo é a raça da galinha. As que põem ovos coloridos são as chamadas ameraucanas e araucanas, originárias do Chile. Segundo a Embrapa, a cor não interfere no sabor e nem no valor nutricional do alimento.
"Esse é um detalhe visual que ajuda nos sentidos. Dizem que a gente pega a comida com cinco sentidos, então o visual também ajuda", diz o aposentado Jorge Marino.
Foi o sabor que conquistou Marino. Toda a semana ela vai à feira que funciona há mais de 20 anos dentro do Parque da Água Branca, em São Paulo. Só de ovos, ele chega a levar até três caixas às vezes.
"O gosto é diferente e a gente percebe que não há nenhum problema na digestão. Então, para mim isso é um motivo pra cuidar da saúde mesmo", explica o aposentado.
A feira que só vende produtos orgânicos pertence à Associação de Agricultura Orgânica, uma ONG que defende este sistema de produção. A entidade, criada em 1989, tem atualmente mais de dois mil associados. Boa parte deles é composta por produtores rurais.
A feira tem um público seleto, com consumidores exigentes e bem informados. A dona de casa Norma Gonçalves sabe que paga um pouco mais por estes produtos, mas diz que não abre mão por causa da qualidade.
Na banca da produtora rural Inês Scarpa Carneiro, além dos ovos orgânicos e coloridos, também há frutas, verduras e até feijão de corda. Tudo é fresquinho, mas quem não comprar logo cedo, pode ficar sem. Os ovos são vendidos apenas por encomenda.    
As galinhas dos ovos coloridos são criadas no próprio sítio de Inês.  São mais de 300 animais, que ficam em um espaço de cinco mil metros quadrados e se alimentam de verduras e frutas produzidas na propriedade.
O sistema de produção é rústico. Inês tira de 40 até 50 dúzias por semana. Ela explica que terá que produzir galinhas da raça que bota ovos coloridos, já que não encontra quem venda animais desse tipo no mercado.
A produtora garante que o sistema de criação interfere no valor nutricional do alimento, assim como no preço. Cada caixa com dez ovos custa R$ 10. Isto representa pelo menos três vezes mais que o ovo comum.
"Ele é mais caro porque é mais saboroso. As galinhas são livres pra botar, botam mais ainda quando tem sol. A gente não pode botar nenhum tipo de hormônio. E ele fica mais saboroso por isso, porque elas são livres", diz.
Já faz 25 anos que Inês Scarpa Carneiro e o marido compraram o sitio e há 11 ela produz orgânicos. Ela se mantém com a produção e está construindo um entreposto, por exigência da Vigilância Sanitária, para industrializar a produção. Para isso, vai precisar aumentar o plantel. O objetivo é chegar a mil galinhas no pátio.
Fonte:  Portal Rural BR

PODER DE FOGO DOS PODEROSOS MESMO NO ERRO...

Réus esperam aposentadoria de Peluso para adiar julgamento do mensalão

Publicidade
DE SÃO PAULO
Hoje na FolhaOs réus do mensalão jogam suas fichas na antecipação da aposentadoria de Cezar Peluso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), para adiar o julgamento do caso para 2013.
A informação é da coluna de Mônica Bergamo, publicada na Folha desta sexta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O magistrado sai do cargo em abril. E precisa deixar a corte até setembro, quando se aposenta, aos 70 anos.
Alan Marques-1º.fev.2012/Folhapress
O presidente do Supremo, Cezar Peluso, se aposenta neste ano
O presidente do STF, Cezar Peluso, se aposenta neste ano
Em dezembro, enviou um ofício ao colega Joaquim Barbosa, relator do mensalão, solicitando que ele disponibilize a íntegra do processo a todos os ministros para "agilizar a apreciação" do caso e evitar a prescrição.
No último dia de trabalho do STF em 2011, Barbosa liberou o relatório sobre o processo do mensalão para os colegas. Ainda não se trata do voto, mas uma espécie de resumo sobre o tema, com os argumentos dos 38 réus e da acusação, a PGR (Procuradoria-Geral da República).
O relator concluiu a leitura de todo o processo e o relatório, um resumo da investigação em 122 páginas.
Depois, o ministro Ricardo Lewandowski declarou em entrevista à Folha que o "mensalão terá prescrição de penas" e que o processo pode ser julgado apenas em 2013. Os ministros só devem começar a analisar agora após a volta do recesso do STF. O processo tem mais de 130 volumes, com mais de 600 páginas de depoimentos.
Lewandowski é o revisor do processo do mensalão, função tão importante quanto a do relator. Ele analisará o relatório e os demais dados do processo e produzirá um outro voto, que será apresentado logo após o voto de Joaquim Barbosa.
O ministro Lewandowski avalia, no entanto, que a quantidade de informações que deve ser estudada torna difícil a realização do julgamento no primeiro semestre no ano que vem. Ele diz, nos bastidores, que só terá condições de passar a se dedicar mais profundamente sobre o caso do mensalão a partir de abril, quando deixará a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Já Joaquim Barbosa acredita ser possível a análise do processo, em plenário, entre abril e maio.
Leia mais na Folha desta sexta-feira, que já está nas bancas.
Editoria de Arte/Folhapress
  1. Robert Silva (2518)
    em 24/02 às 09h43
    Reportagem deste jornal informa que Apenas 3% dos inquéritos acham culpados para assassinatosou seja MATE alguem e voce terá 97% de chance de sair impune
    em crime de colarinho branco então a impunidade deve beirar o 99,999999999999999% dos casos
    para quem ainda tinha duvidas, eis o BRASIL: o país onde ser criminoso COMPENSA
    O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
  2. Roberto Pitta (1553)
    em 24/02 às 09h47
    Senhores juizes do STF façam o possível para que este julgamento seja feito o mais rápido possível ,não podemos deixar que um assunto tão grave e de consequencias tão drásticas para a vida democratática deste país seja prescrito. Esta é a hora da verdade , dos malfeitos dos roubos e da falta de respeito com o dinheiro público. Este é um grito por justiça.!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!
    O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
  3. São Paulo Liberta (583)
    em 24/02 às 15h24
    Vamos lá STF, esses mensaleiros tem que ser condenados e "guardados" por uns 30 anos.
    Não esqueça que o chefe tem que ir junto.
    O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
PUBLICIDADE
Empréstimo Até R$600 milRefinancie Seu Imóvel s/ Sair Dele. Seu Crédito em Até 7 Dias. Confira!CreditoAgil.com.br/Emprestimo
Vinho Alemão - Pinot NoirVinhos de qualidade para tornar sua reunião mais agradável. Acessewww.jardimdovinho.com.br
Catho Online - EmpregosTeste a Catho por 7 dias gratuitos. Mais de 250 mil vagas de emprego!www.catho.com.br
Declaração RAIS 2011Saiba Como Fazer Sua RAIS 2011. Últimos Dias p/ Entrega. Acesse!www.Rais.gov.br
Empreendedor PolishopA Polishop busca empreendedores Faça parte você também desta equipewww.sistemawinner.com.br/jatc
Quanto Vale Seu Apto SP?Digite seu endereço e veja na hora a estimativa de seu apartamento.www.123i.com.br
 
Publicidade
Publicidade

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

CÓDIGO FLORESTAL PAUTA DOS RURALISTAS EM MARÇO SERA VOTADO...

Código Florestal abre pauta ruralista

Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2012, 08:12:48Meio Ambiente
O Código Florestal deve abrir a pauta prioritária da bancada ruralista no Congresso em 2012. Com votação prevista para os dias 6 e 7 de março, o código é o item mais importante de uma pauta que conta ainda com o projeto de lei para regulamentar a aquisição de terras por estrangeiros, a Proposta de Emenda Constitucional 215 que trata da demarcação de terras indígenas e as dívidas de produtores rurais.
O relator do Código Florestal na Câmara dos Deputados, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), espera consolidar um documento preliminar com as contribuições recebidas dos parlamentares. O relator do projeto no Senado, senador Jorge Viana (PT-AC), diz que após a aprovação do texto será necessária uma "forte ação" do Congresso para implementar as mudanças que a lei exigirá.
O presidente da subcomissão que analisa a compra de terras rurais brasileiras por estrangeiros, deputado federal Homero Pereira (PR-MT), diz que o texto deve ser apresentado até o fim do mês. O prazo para que a subcomissão continue funcionando venceria dia 23 de dezembro, mas foi prorrogado por mais 60 dias.
Em relação à questão indígena, o deputado federal Nelson Padovani (PSC-PR) diz que o governo federal já sinalizou interesse em rever a legislação. Para ele, é importante aprovar a PEC 215, que dará ao Congresso a competência exclusiva para aprovar a demarcação de terras ocupadas por tribos e ratificar demarcações já homologadas. "O país já possui muitas áreas indígenas. Cerca de 16% do nosso território são destinados aos índios, que correspondem a menos de 1% da população. Precisamos cuidar do índio, mas também aproveitar melhor as terras", diz Padovani.
O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) diz que a votação de PEC está prevista para este mês: "Falei com o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) e ele disse que o assunto será votado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) assim que as atividades iniciarem."
No que se refere ao endividamento, Padovani, que é relator da Subcomissão de Endividamento Agrícola da Câmara diz que deve entregar em 45 dias um relatório parcial. Padovani diz que é necessário encontrar uma solução definitiva para o problema: "O endividamento rural é um problema grave de todo o Brasil, e não apenas de uma classe."
Heinze diz que existem quase R$ 8 bilhões em dívidas somente de produtores de arroz, maçã, soja e suínos, principalmente no Sul do país. "O produtor não tem como agir sozinho por não ter crédito", afirma. "Temos uma comissão tratando do assunto", diz. "A nossa ideia inicial é pegar os municípios que declararam situação de emergência em vários anos e ajudar os produtores desses locais."
Fonte:  Valor Econômico

BANCO MUNDIAL/ FINANCIANDO POVO DO RIO....

Banco Mundial financia agricultura familiar no Rio

Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2012, 08:09:17Economia
O Estado do Rio de Janeiro ganhou um parceiro de peso para dar a sua atividade econômica rural uma dimensão digna da sua população de 16 milhões de habitantes e do seu Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 353,9 bilhões (2009), o segundo maior do país. O Banco Mundial (Bird), que já havia concedido em 2009 um empréstimo de US$ 39,5 milhões para a agricultura familiar, acaba de aprovar outra parcela de US$ 100 milhões com a mesma finalidade. É o maior financiamento individual já concedido pela instituição para uma área rural de um Estado brasileiro.
Segundo Mark Lundell, coordenador para o Brasil do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Bird, um dos objetivos da parceria do banco com o Estado é conseguir que a área rural fluminense também receba parte dos benefícios que a população urbana vai desfrutar com a sucessão de eventos programados para os próximos anos, começando com a conferência mundial Rio+20, neste ano, até os Jogos Olímpicos de 2016. Lundell disse que o Bird está convicto que se o campo produzir, haverá demanda por suas colheitas.
Desde que o ciclo do café entrou em decadência no final do século XIX, que a agropecuária tornou-se uma atividade pouco relevante, a exceção tem sido a cana-de-açúcar no norte do Estado e alguns momentos da pecuária leiteira. De acordo com as Contas Regionais do IBGE, de 2009 (as últimas disponíveis), as atividades de agricultura, silvicultura, exploração florestal, pecuária e pesca no Rio de Janeiro responderam por apenas R$ 1,49 bilhão, ou 0,42% do PIB total do Estado.
Conforme Lundell, os recursos do Bird somados às contrapartidas do Estado e dos próprios produtores, alcançam US$ 220 milhões que estão sendo investidos na produção, em obras de infraestrutura (pontes e estradas vicinais) e na redução de riscos na região Serrana que, em janeiro de 2011, foi devastada por uma grande enchente.
O secretário de Agricultura do Estado, Christino Áureo, disse que o programa chega a quase US$ 300 milhões (cerca de R$ 500 milhões) quando somados também os recursos do governo federal. Embora o programa Rio Rural tenha começado em 2007, foi somente a partir de 2009, com o primeiro empréstimo do Bird, que ele ganhou impulso e alcançou 59 municípios. Com a nova parcela, 72 dos 92 municípios serão beneficiados, englobando quase a totalidade daqueles que têm área rural relevante. Áureo discorda da forma como o IBGE mede a fatia do agronegócio na economia e afirma que, no Rio, a área é subavaliada.
O dinheiro do Bird para o Estado tem prazo de 28 anos para pagamento, mas para o agropecuarista familiar o recurso chega como subvenção. Segundo o secretário, o produtor paga com "serviços ambientais". Segundo ele, o pequeno pecuarista recebe até R$ 9 mil para implantar o sistema de pastejo rotacionado, com cerca elétrica e rodízio de pastagem na parte baixa da propriedade.
Em troca, de acordo como secretário, além de retirar o gado da parte alta, evitando erosão, ele se compromete a reflorestar essa área com mudas fornecidas pelo Estado. Somente na região Serrana, que na fase atual é o foco principal do programa por conta da recuperação das regiões danificadas pela enchente, cerca de 1,6 mil pecuaristas já foram beneficiados, de acordo com Áureo.
O secretário disse também que pela primeira vez, desde que existe a Secretaria de Agricultura do Rio, há à disposição uma frota de equipamentos para a manutenção de estradas vicinais, trabalho que antes era feito pelas prefeituras.
Áureo disse também que será feito 100% de saneamento básico das vilas existentes nas áreas rurais beneficiadas pelo programa, sendo que naquelas com entre mil e cinco mil habitantes será construída estação de tratamento de esgoto. Ainda de acordo com o secretário, o Estado tem o compromisso de restaurar duas mil nascentes até 2016, tendo restaurado até agora 400.
Embora o Rio de Janeiro venha sendo o maior beneficiado, o coordenador Lundell disse que o Bird está apoiando projetos semelhantes, sempre voltados para a agropecuária familiar em vários Estados do Sul e Sudeste do Brasil.
Atualmente estão também em desenvolvimento um programa em São Paulo, com empréstimo de US$ 78 milhões, e outro em Santa Catarina, cujo financiamento aprovado foi de US$ 90 milhões. Os desembolsos para São Paulo começaram em 2010 e para Santa Catarina, em 2011. Há ainda um programa em negociação com o Paraná.
Fonte:  Valor Econômico

CARBONO= CREDITO QUE SEJA BEM VINDO...

Propriedades suinícolas comercializam créditos de carbono

Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2012, 08:43:34Economia, Meio Ambiente
Representantes da empresa Sustainable Carbon estiveram em Concórdia nesta semana para dar os últimos encaminhamentos do projeto de geração de créditos de carbono através da Unidade Mecanizada e Automatizada de Compostagem de dejetos suínos. O coordenador técnico da empresa, Thiago Othero, realizou junto com a engenheira ambiental da LPC, Vânia Gasperini, as últimas vistorias nas 13 propriedades que participam do projeto. Othero informou que os créditos de carbono gerados nestas propriedades já estão sendo negociados com uma grande empresa brasileira.
O Instituto Nacional da Carne Suína e a LPC, que são coparceiras neste projeto, comemoram mais este passo, que além de representar um benefício ao meio ambiente, também é mais um passo efetivo na qualificação e valorização da carne suína. Para Wolmir de Souza, presidente do INCS, “é importante que as propriedades mantenham altos padrões de produção, pois posteriormente, isto vai refletir na qualidade do produto que chega ao consumidor final”.
O projeto, que iniciou há dois anos, tem o objetivo de beneficiar as pequenas comunidades através da prática da sustentabilidade ambiental e consequentemente, da comercialização de créditos de carbono. Para participar do projeto a LPC selecionou 13 propriedades de criação de suínos que utilizam a UMAC para o tratamento de dejetos. A geração de créditos de carbono nestas propriedades ocorre devido a não formação de gases nocivos ao meio ambiente, como o metano. Estes mesmos dejetos, se não tratados ou se tratados por biodigestor, por exemplo, poluem o meio ambiente e seus efluentes e liberam gases que ajudam a agravar o aquecimento global.
Airton Piovezan, um dos proprietários que aceitou participar do programa, enumera benefícios que conseguiu com a instalação da UMAC em sua propriedade. “A unidade de compostagem gera um composto sólido, facilitando o transporte e que também pode ser comercializado. O crédito de carbono é mais uma vantagem, com a renda extra proporcionada pela compostagem é possível ter o retorno do investimento e pagar pela manutenção da UMAC”, afirma.
Como funciona 
A geração de créditos de carbono é monitorada através da quantidade de dejeto que é tratado na unidade de compostagem. A partir desta quantidade é possível calcular a quantidade de metano que o tratamento por compostagem deixa de gerar. Segundo Thiago Othero, a estimativa é que as propriedades participantes gerem, ao todo, 15 mil toneladas por ano de dejetos, que convertidos, geram 15 mil créditos de carbono. “Estes créditos podem ser comercializados com um valor que varia de R$ 3,00 a R$ 12,00, o preço normalmente é determinado por quanto a empresa compradora está disposta a pagar. No caso deste projeto, estamos participando de um edital para vender os créditos d carbono a uma grande empresa brasileira, que está disposta a pagar até o dobro do valor normalmente comercializado, viabilizando todo o projeto”, conta Othero.
Fonte:  INCS

domingo, 19 de fevereiro de 2012

ENERGIA LIMPA SEM POLUIR E SEM PREJUDICAR A CAMADA DE OZONIO

Criadores usam dejetos de animais para produzir energia elétrica

Segunda-feira, 06 de Fevereiro de 2012, 07:57:41Bioenergia
Fonte:  Globo Rural
Criadores de suínos e de gado do Paraná conseguem renda tratando os dejetos dos animais criados em confinamento. Com o uso de biodigestores, eles conseguem reduzir a poluição e produzir ao mesmo tempo fertilizante e energia elétrica.
Quando o assunto é criação de animais, o Brasil está entre os líderes do mundo. De norte a sul do país, sítios e fazendas abrigam milhões de cabeças de gado de corte, vacas leiteiras, porcos, cabras, ovelhas e frangos.
O problema é que em certos lugares a concentração de animais é tão grande que traz riscos para a natureza. Afinal, onde tem muito bicho, tem muito estrume e muita urina. São dejetos que sem manejo adequado se transformam em fontes de poluição. Se considerar apenas os rebanhos confinados de bovinos, aves e porcos no Brasil, a produção de estrume e urina chega a 410 milhões de toneladas por ano, o equivalente a mais de um milhão de toneladas por dia.
A região oeste do Paraná é famosa pela beleza das Cataratas do Iguaçu, um espetáculo da natureza. É também a terra de um gigante da engenharia humana. Construída na fronteira com o Paraguai, a hidrelétrica de Itaipu é a maior geradora de eletricidade do mundo.
Além da beleza das cataratas e da grandiosidade de Itaipu, a região também se destaca pela força do agronegócio. O oeste do Paraná tem muita soja e milhares de fazendas de criadores de porcos, aves e gado de leite.
No lugar que tem muito rebanho, tem muito dejeto e muito combustível para geração de energia. Cícero Bley Júnior é um defensor da produção de eletricidade no campo. Agrônomo e engenheiro, ele é superintendente de Energias Renováveis de Itaipu.
Segundo Cícero, o biogás produzido nos biodigestores tem um potencial imenso no Brasil. "A grande energia renovável do Brasil é o biogás porque ela está difusa no espaço todo e é mais disponível em termos de custo-benefício. Tudo o que for orgânico contém o metano com potencial de conversão em energia elétrica, uma nova vocação para o campo".
Para transformar a vocação em energia de fato, a equipe de Itaipu organizou um projeto pioneiro. Tocado em parceria com a Copel, a Companhia Paranaense de Energia, o trabalho já funciona em 41 propriedades da região.
Na fase de lactação, as vacas de uma propriedade que se dedica à produção de leite ficam confinadas em galpões, onde recebem diariamente silagem e ração, comida balanceada, servida no cocho. Além de oferecer alimento farto e de qualidade, os donos também se preocupam com o bem-estar do rebanho. Um ambiente limpo e confortável é importante para a saúde e a produtividade. Por isso, as vacas são tratadas de maneira especial, com ventiladores, ar condicionado e até massagem.
Com tantos cuidados, as vacas produzem diariamente 20 mil litros de leite em três ordenhas. O problema desse tipo de manejo é o alto custo com energia elétrica e a grande quantidade de dejetos. "Quanto maior o volume de vacas em sistema de confinamento, fora do pasto, o grande desafio do produtor é dar destino aos dejetos", explica Sandro Viechnieski, pecuarista e veterinário.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

TÉCNICAS COM RECUPERAÇÃO DOS SOLOS C/ APLICAÇÃO DE ROCHAS EM DEBATES.

Técnica de recuperação dos solos com aplicação de rochas entra em debate na terça
Publicado Domingo, 5 de Fevereiro de 2012, às 12:20 | CenárioMT com Senado
Imprimir Enviar por e-mail Diminuir texto Aumentar texto
   
 
[0]
Compatilhar12

 
[Foto]
O uso de rochas como fontes de nutrientes para o solo, técnica conhecida como rochagem, será tema de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) na manhã desta terça-feira (7). A comissão vai discutir os benefícios da remineralização do solo por meio da aplicação de rochas, com o objetivo de recompor a riqueza mineral perdida por erosão, lixiviação e exportação de nutrientes pelas culturas.
Entre os debatedores estarão o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Cláudio Scliar; o coordenador do Projeto Xisto Agrícola da Embrapa Clima Temperado, Carlos Augusto Posser Silveira, acompanhado do pesquisador Éder Martins; os fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Rubim Almeida Gonczarovska e Mariana Coelho de Sena; a pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UNB) Suzi Huff Theodoro, e o diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo Curimbaba, Rafael Curimbaba Ferreira.
A audiência pública é iniciativa do presidente da CMA, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). 
Novos debates
Além do debate, a comissão também apreciará oito requerimentos com propostas de atividades para 2012. Sete deles são pedidos de audiências públicas. Na lista, estão discussões sobre o Fórum Mundial da Água a se realizar na França em março, o vazamento de petróleo na bacia de Santos e os preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorrerá em junho deste ano, no Rio de Janeiro. Para a Rio+20 há também a proposta de criação de uma comissão externa, com doze senadores, a fim de representar o Senado Federal na conferência.
Entre os requerimentos há um pedido de explicações do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) ao presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, sobre a denúncia de comercialização de papéis da dívida pública por preços acima do mercado no período entre setembro de 2008 e agosto de 2009, quando o sistema informatizado da CEF responsável por dados relativos aos papéis, esteve fora do ar.
Um requerimento do senador Ivo Cassol (PP-RO) também sugere uma audiência pública para que o cacique Almir Suruí, líder do povo Suruí, de Rondônia, conhecido militante na preservação do meio ambiente, exponha seu ponto de vista acerca da importância da convivência do homem com a natureza. O cacique foi incluído na lista das 100 pessoas mais criativas do mundo dos negócios do ano de 2010, promovida pela Revista Fast Company.
A reunião da CMA será no Plenário 02 da Ala Nilo Coelho, às 8h30.