quinta-feira, 29 de março de 2012

CRÉDITO SOBRANDO DIFICIL É PEGAR.

Sobra crédito para práticas rurais sustentáveis

Quinta-feira, 29 de Março de 2012, 08:14:15Economia, Meio Ambiente
Apesar do aumento de políticas públicas que incentivam a adoção de práticas mais sustentáveis no meio rural nos últimos anos no país, o desembolso das linhas de crédito disponíveis para essa finalidade ainda é tímido perto do total concedido pelo governo, segundo estudo do Instituto Socioambiental (ISA) que será divulgado hoje, em Brasília.
O estudo mostra que a maioria das linhas direcionadas à adoção de boas práticas agrícolas não deslancha pelo desconhecimento dos produtores em relação ao seu funcionamento e pelo risco que elas representam, segundo agentes financeiros. A falta de informação inclui, entre outros pontos, questões tecnológicas e de assistência para as atividades que os programas apoiam.
O Banco do Brasil, principal financiador de crédito rural de linhas de financiamento "florestais", registrou redução de montante e contratos assinados entre as safras 2009/10 e 2010/11. Segundo o estudo, o crédito disponível ao produtor passou de R$ 250 milhões para pouco menos de R$ 232 milhões, enquanto o número de contratos caiu de 3.376 para 2.670. Na Amazônia Legal não foi identificado nenhum contrato nas linhas agroambientais entre 2007/08 a novembro de 2010.
Na agricultura familiar, a situação é parecida. Mesmo com alta no volume de crédito desembolsado para as linhas agroambientais do Pronaf, de R$ 8,4 milhões em 2004/05 para R$ 26,1 milhões em 2009/10, sua fatia no volume total de investimento do programa passou de 0,14% para 0,22% de 2004/05 e 2009/10.
O estudo apresenta sete sugestões para a ampliação dos incentivos à regularização ambiental. As ideias vão desde a redução das taxas de juros e aumento das linhas de financiamento até a ampliação dos benefícios para os produtores que estão regularizados perante à legislação ambiental vigente. "A adoção de medidas isoladas na política de crédito tem poucas chances de sensibilizar o produtor", afirma a assessora de políticas públicas do Instituto Socioambiental (ISA), Léa Vaz Cardoso.
Para conhecer as razões pelas quais os produtores mantêm suas propriedades em desacordo com a legislação ambiental, a pesquisa entrevistou 87 trabalhadores rurais de Minas, Pará, Mato Grosso, São Paulo, Santa Catarina e Bahia. Quase metade dos entrevistados respondeu que as questões financeiras são determinantes. As futuras mudanças no Código Florestal, a falta de documentação da propriedade e a pouca atenção de agentes financeiros são outros motivos. E há, também, o desconhecimento por parte da maioria dos entrevistados.
Para os agentes financeiros pesquisados, a timidez no aumento dos financiamentos destinados à adequação ambiental decorre, em parte, dos riscos. "O crédito emprestado a um produtor que quer recuperar uma mata ciliar, por exemplo, é considerado de alto risco", explica Léa.
Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 26 de março de 2012

MANIFESTO EM DEFESA DAS FLORESTAS

Manifesto em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável


Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável (página na internet): 
Junho de 2011 - Publicado em: http://www.florestafazadiferenca.org.br/manifesto/

Por que tanta polêmica em torno da manutenção do que resta das nossas florestas? Será possível que ambientalistas, cientistas, religiosos, empresários, representantes de comunidades, movimentos sociais e tantos cidadãos e cidadãs manifestem sua indignação diante do texto do Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados, apenas por um suposto radicalismo ou desejo de conflito sem cabimento? Será justo afirmar que os defensores das florestas não levam em conta as pessoas e suas necessidades de produzir e consumir alimentos? Do que se trata, afinal? O que importa para todos os brasileiros?


Importa, em primeiro lugar, esclarecer a grande confusão sob a qual se criam tantas desinformações: não está se fazendo a defesa pura e simples das florestas. Elas são parte dos sonhos de um país com mais saúde, menos injustiça, no qual a qualidade de vida de todos seja um critério levado em conta. Um Brasil no qual os mais pobres não sejam relegados a lugares destruídos, perigosos e insalubres. No qual a natureza seja respeitada para que continue sendo a nossa principal fonte de vida e não a mensageira de nossas doenças e de catástrofes.

A Constituição Brasileira afirma com enorme clareza esses ideais, no seu artigo 225, quando estabelece que o meio ambiente saudável e equilibrado é um direito da coletividade e todos – Poder Público e sociedade – têm o dever de defendê-lo para seu próprio usufruto e para as futuras gerações Esse é o princípio fundamental sob ataque agora no Congresso Nacional, com a aprovação do projeto de lei que altera o Código Florestal. 23 anos após a vigência de nossa Constituição quer-se abrir mão de suas conquistas e provocar enorme retrocesso.

Há décadas se fala que o destino do Brasil é ser potência mundial. E muitos ainda não perceberam que o grande trunfo do Brasil para chegar a ser potência é a sua condição ambiental diferenciada, nesses tempos em que o aquecimento global leva a previsões sombrias e em que o acesso à água transforma-se numa necessidade mais estratégica do que a posse de petróleo.

Água depende de florestas. Temos o direito de destruí-las ainda mais? A qualidade do solo, para produzir alimentos, depende das florestas. Elas também são fundamentais para o equilíbrio climático, objetivo de todas as nações do planeta. Sua retirada irresponsável está ainda no centro das causas de desastres ocorridos em áreas de risco, que tantas mortes têm causado, no Brasil e no mundo.

Tudo o que aqui foi dito pode ser resumido numa frase: vamos usar, sim, nossos recursos naturais, mas de maneira sustentável. Ou seja, com o conhecimento, os cuidados e as técnicas que evitam sua destruição pura e simples. É mais do que hora de o País atualizar sua visão de desenvolvimento para incorporar essa atitude e essa visão sustentável em todas as suas dimensões.

Tal como a Constituição reconhece a manutenção das florestas como parte do projeto nacional de desenvolvimento, cabe ao poder público e nós, cidadãos brasileiros, garantir que isso aconteça. Devemos aproveitar a discussão do Código Florestal para avançar na construção do desenvolvimento sustentável. Para isso, é de extrema importância que o Senado e o governo federal ouçam a sociedade brasileira e jamais esqueçam que seus mandatos contêm, na origem, compromisso democrático inalienável de respeitar e dialogar com a sociedade para construir nossos caminhos.

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, criado pelas instituições abaixo assinadas, convoca a sociedade brasileira a se unir a esse desafio, contribuindo para a promoção do debate e a apresentação de propostas, de modo que o Senado tenha a seu alcance elementos para aprovar uma lei à altura do Brasil.

Caso sua instituição queira aderir ao Manifesto, entre em contato no e-mail comiteflorestas@gmail.com

quinta-feira, 22 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA ÁGUA...

Dia Mundial da Água - Informação e ação

Quinta-feira, 22 de Março de 2012, 08:11:19Geral
O Dia Mundial da Água – comemorado no dia 22 de março - já faz parte do calendário de órgãos públicos, concessionárias de água e esgoto e empresas. No entanto, ainda há muito a ser feito nesta área, para que progressos expressivos sejam registrados, em âmbito nacional e mundial. Diversas ações em favor do melhor uso da água têm sido colocadas em prática, mas insuficientes para garantir o abastecimento da população nos próximos anos e gerações.

Neste mês, será realizado, na França, o Fórum Mundial da Água, com o tema “Tempo para Soluções”. O evento acontece a cada três anos e visa fomentar a troca de informações e experiências entre instituições de vários países e possibilitar a formação de parcerias. O Brasil terá uma participação mais expressiva nesta edição, com 250 pessoas representando 50 instituições ligadas à temática da água.

Em 2012, também, será realizada, na cidade do Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, que promoverá um balanço das evoluções registradas no mundo em relação ao meio ambiente, nas últimas duas décadas, a partir da Rio 92. O grande mérito deste evento é trazer à tona temas fundamentais para a sobrevivência presente e futura do planeta, e ampliar as discussões sobre a adoção de políticas consistentes em favor da água e dos demais recursos naturais.

No entanto, não é necessário aguardar ações governamentais voltadas à economia e racionalização do consumo dos recursos hídricos. A conscientização deve ser de todos e partir de quem realmente detém informações. E iniciativas individuais e empresariais são o ponto central para a conscientização das pessoas quanto à necessidade de economia de água.

São inúmeras as empresas que desenvolvem projetos sustentáveis, tanto no que se refere a processos fabris, como a produtos, o que tem demonstrado que cuidar do meio ambiente traz vantagens em diversos aspectos.

É errônea a idéia de que desenvolvimento, tecnologia, conforto correspondem, diretamente, ao aumento do consumo de água. Ao contrário, a evolução tecnológica permite o desenvolvimento de produtos que não apenas facilitam o dia a dia das pessoas, como oferecem eficiência em sua aplicação, com reduzido consumo de água, a exemplo das lavadoras de alta pressão, que atendem às necessidades residenciais, comerciais, industriais, agrícolas e outras.

Esses benefícios – presentes também em outros segmentos de produtos - aliam-se a atitudes individuais que, aos poucos, tornam-se parte da rotina das pessoas. Nos diferentes âmbitos, nas ações mais simples e nas mais complexas, é fundamental o engajamento no mesmo objetivo: a preservação do meio ambiente, em favor da manutenção da vida humana.

Por Antonio Luis Francisco é Diretor da JactoClean, empresa do Grupo Jacto, referência nacional em equipamentos para serviços de limpeza.
Fonte: Assessoria de Imprensa JactoClean

segunda-feira, 19 de março de 2012

RIO TERÁ VUNERABILIDADE DOS MUNICIPIOS

Notícias
Estado lança estudo sobre vulnerabilidades dos municípios
23/3/2011 - 15h37
Por Ascom da Secretaria do Ambiente
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, apresenta nesta quinta-feira (24/03) o Índice de Vulnerabilidade Geral – um indicador composto de vulnerabilidades sociais, ambientais e de saúde que leva em conta os cenários de variação do clima nos municípios fluminenses. O projeto será apresentado no seminário Vulnerabilidade dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro frente às Mudanças Climáticas.
Desenvolvido pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), em parceria com a Fiocruz, o Índice de Vulnerabilidade Geral mede o grau de fragilidade dos municípios fluminenses frente às mudanças climáticas, levando em consideração a vulnerabilidade da orla, dos recursos hídricos, das florestas, da sociedade e da saúde.
A partir dos cenários, que serão apresentados para cada um dos municípios do estado, a Secretaria do Ambiente poderá propor a implantação de políticas públicas para a adaptação social e de enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas.
O Índice de Vulnerabilidade Geral foi desenvolvido com base em metodologia semelhante empregada em outros países do renomado pesquisador da Fiocruz Ulisses Canfalonieri, representante brasileiro do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) no setor social e de saúde.
Também participam da mesa de abertura do seminário a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, o vice-presidente do Ambiente da Fiocruz, Valcler Rangel Fernandes, a diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, Tania Araujo Jorge, e o diretor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Antonio Ivo.
Serviço:
Quando: 5ª feira (24/03/2011); às 13h30
Onde: Auditório da SEA (Av. Venezuela, 110, 6º andar, Saúde)

MEIO AMBIENTE DO RIO DE JANEIRO MULTA CONDOMINIO.

Notícias
Ambiente multa condomínios por despejo de esgoto sem tratamento
24/3/2011 - 16h43
Por Ascom da Secretaria do Ambiente
O bairro do Recreio dos Bandeirantes foi hoje (24/03) alvo da operação de guerra que a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) deflagrou para reprimir condomínios da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá que estão despejando esgoto sem tratamento no complexo lagunar da região.
Na operação de hoje, comandada pessoalmente pelo secretário Carlos Minc, três condomínios foram multados em R$ 150 mil, cada um, por não terem se conectado à rede da Cedae e, assim, poluírem a Lagoa do Marapendi. Além disso, os síndicos serão responsabilizados criminalmente por poluição de corpos hídricos, o que configura crime ambiental.
Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, os condomínios foram notificados para fazerem a conexão de sua rede com a da Cedae em um prazo de sete dias.
- Se não o fizerem, receberão nova multa, no valor de R$ 8 mil, por descumprimento de notificação. As ações na região vão continuar por tempo indeterminado. Vamos dar uma dura ecológica até todo mundo entrar na linha - avisou.
Promovida pela Cicca (Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais), da SEA, a blitz ambiental teve apoio da Cedae, do Batalhão Florestal da PM, da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente) e do Inea (Instituto Estadual do Ambiente).
O primeiro condomínio a ser vistoriado pelos agentes ambientais foi o Prestige Residence Service, na Av. Lúcio Costa, 15.700, com 41 apartamentos e cerca de 200 moradores. Além de não terem se conectado à rede da Cedae, a equipe flagrou o despejo de esgoto na galeria de água pluvial que vai parar no Canal das Taxas – e que, por sua vez, deságua na Lagoa do Marapendi.
- O condomínio foi notificado, em abril de 2010, para fazer a conexão com a Cedae. Passou-se um ano e nada foi feito. Agora será punido com multa de R$ 50 mil, pela não conexão, e outra de R$ 100 mil por poluição da lagoa. É inaceitável que condomínios da região continuem sujando as nossas lagoas porque não se conectaram à Cedae, cuja rede passa a três metros deles - disse o secretário.
Em seguida, a equipe vistoriou o prédio de nº 16.310, também situado na Av. Lúcio Costa, com seis apartamentos e cerca de 30 moradores. O condomínio também foi multado em R$ 150 mil: R$ 50 mil pela não conexão com a Cedae e R$ 100 mil por poluição de corpos hídricos. Segundo o delegado da DPMA, Fábio Pacífico, a pena para este tipo de delito – poluição de corpos hídricos (artigo 54 da Lei de Crime Ambiental nº 9.605/98) – é de um a quatro anos de reclusão.
O condomínio Squadra, na Rua Professora Sousa Leão, 195, também foi multado em R$ 150 mil. Apesar de terem se conectado à rede da Cedae, a equipe flagrou uma ligação clandestina com a galeria de água pluvial. Resultado: esgoto sem tratamento despejado no Canal das Taxas.
- Não adianta: multa de R$ 150 mil. E deveria levar mais uma: por burrice. Fizeram a conexão, mas há uma ligação clandestina. Não tem perdão - disse Minc.
Colaboração de moradores
O chefe da Cicca, José Maurício Padrone, pede que os moradores da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá colaborem, exigindo dos síndicos a conexão de seus condomínios com a rede da Cedae.
- Verificar todas as redes é um processo extremamente trabalhoso. Daí a importância da participação da população, exigindo a legalização junto à Cedae. A operação prossegue por tempo indeterminado - completou Padrone.
O chefe do Departamento de Manutenção de Rede de Esgoto da Cedae na Barra da Tijuca, Egberto Andrade, reiterou que cerca de 150 condomínios situados na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes já foram notificados, mas ainda não se conectaram à rede da companhia.
Segundo levantamento da companhia, cerca de 80% dos condomínios da Barra já contam com rede de esgoto da Cedae em sua porta. No Recreio, 65% já têm rede para se conectar. Mas em Jacarepaguá, apenas 15% dos condomínios contam com rede da Cedae já construída.
- Entre o Jardim Oceânico, Tijuca Mar e Barrinha, há aproximadamente 2.000 imóveis, e em cerca de 80 deles não foi possível fazer vistoria porque os proprietários não permitiram a nossa entrada nos imóveis para identificar a rede de esgoto e fazer a devida conexão. Desde que a operação foi deflagrada, a quantidade de pessoas que nos procuraram para legalizar a situação praticamente triplicou. Quem quiser denunciar ou legalizar sua situação, a Cedae dispõe o telefone 0800 2821195, que funciona 24 horas - afirmou Egberto Andrade.
Na última segunda-feira, os agentes multaram um condomínio em R$ 50 mil e coletaram, para análise, o esgoto despejado na Lagoa da Tijuca por outro condomínio. O primeiro condomínio visitado pela blitz ambiental foi o Aldeia do Mar, na Av. Lúcio Costa, próximo à orla da Barra, que acabou multado em R$ 50 mil por não ter conectado sua rede de esgoto à da Cedae, para posterior tratamento e lançamento em alto mar através do emissário submarino da região.
Outro condomínio vistoriado na segunda-feira foi o complexo Rio 2, também na Barra da Tijuca, com 18 blocos, 3.600 imóveis e cerca de 13 mil moradores. Os técnicos constataram que a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) estava funcionando, mas de forma precária.
Na quinta-feira anterior (17/03), técnicos do Inea estiveram no local para coletar amostras de água para análise.
- No momento da nossa visita, constatamos que a ETE não estava funcionando e o esgoto estava sendo lançado, sem tratamento, na Lagoa da Tijuca - completou Padrone.

domingo, 18 de março de 2012

COMO FICARÁ A NOSSA REPRESENTAÇÃO NA RIO+20. UHMMM.

Rio só reaproveita 3% das 8,4 mil toneladas de lixo geradas por dia

Comlurb separa apenas 0,27% desse total. O resto fica a cargo de catadores

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Aterro Jardim Gramacho, considerado o maior aterro da america latina.
Foto: Pedro Kirilos / O Globo
Aterro Jardim Gramacho, considerado o maior aterro da america latina.PEDRO KIRILOS / O GLOBO
RIO - Cidade que vai sediar a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, em junho, recicla apenas 3% de seu lixo (252 toneladas das 8.403 geradas diariamente). A Comlurb tem participação mínima nesse percentual já diminuto: só separa 22,68 toneladas, ou 0,27%. Os outros 2,73% ficam a cargo de catadores autônomos ou de cooperativas. Com isso, o Rio — que há 20 anos foi anfitrião do maior encontro sobre meio ambiente da História — joga fora uma oportunidade de se equiparar a metrópoles como Berlim (Alemanha) e Tóquio (Japão), famosas por não desperdiçarem seus recursos naturais. Capitais europeias recuperam, em média, 40% de seus resíduos. Na série de reportagens “Desleixo insustentável”, que se inicia neste domingo, O GLOBO mostra por que os cariocas ainda não têm seu lixo reciclado.
Os motivos são muitos, a começar pela incipiente coleta seletiva. Desde a sua implantação, em 2002, o serviço não deslancha. Poucos cariocas têm o privilégio de receber um caminhão de reciclagem da Comlurb em suas portas. Dos 160 bairros da cidade, apenas 41 são atendidos semanalmente, e, mesmo assim, de forma parcial — por falta de investimentos, a coleta só ocorre em algumas ruas. Hoje, ela apresenta um desequilíbrio entre as áreas do Rio. Está mais presente nas zonas Sul (40%) e Oeste (42%) e bem menos na Norte (18%). Segundo a Comlurb, não existe coleta seletiva em favelas, o que exclui da conta um contingente de cerca de um milhão de pessoas.
— A Comlurb nunca promoveu uma campanha para que a população faça a separação de seu lixo — diz Sérgio Besserman, presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável do município.
Parceria de R$ 50 milhões
A maior esperança da prefeitura, por enquanto, está relacionada a um projeto que parece incapaz de resolver o problema. Assinado no ano passado, um acordo entre o município e o BNDES prevê a aplicação de R$ 50 milhões para a construção de seis galpões de triagem de materiais recicláveis. Em contrapartida, a prefeitura promete colocar mais 15 caminhões em circulação, expandindo o serviço dos atuais 41 para 120 bairros. Todos esses esforços, se bem-sucedidos, devem ampliar a coleta seletiva em apenas 2%, elevando para 5% o percentual de reciclagem na capital.
Para a presidente da Comlurb, Angela Fonti, a prefeitura precisa atacar as causas que levam aos baixos índices de reciclagem. Ela dá razão a Besserman, admitindo que a Comlurb nunca fez uma campanha de incentivo à coleta seletiva de lixo.
— A primeira causa é a própria falta de uma campanha maciça em prol da reciclagem, algo que faremos com recursos do BNDES. A nossa coleta precisa ser bem mais abrangente também. A maioria das pessoas quer reciclar seu lixo, mas nossos caminhões não passam em boa parte das ruas. E precisamos tornar o mercado legal. Às vezes, moradores de um prédio separam seu lixo e, quando o nosso caminhão passa para pegá-lo, o lixo reciclável já foi roubado. Os atravessadores ilegais precisam ser eliminados — diz Angela. — E há uma corresponsabilidade nessa história. As empresas, por exemplo, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, precisam se engajar nesse processo.
Envolvimento este que, na avaliação de Angela Fonti, pode ser reforçado por medidas mais simples:
— Nosso cronograma inclui pegar o lixo orgânico e reciclável dentro das casas e dos prédios. Os galpões vão melhorar as condições de trabalho e dar um fim aos atravessadores, que diminuem o ganho dos catadores.
Hoje, o reaproveitamento do lixo acaba dependendo fundamentalmente da figura do catador. Muitos trabalham em condições precárias, inclusive na Comlurb — repórteres do GLOBO flagraram trabalhadores sem luvas dentro da usina do Caju.
Situações como essa levaram o governo federal a cobrar uma ação concreta dos municípios, exigindo que apresentem, até agosto, uma proposta de adequação à lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010. A cidade que não se enquadrar deixará de receber investimentos da União.
— À semelhança de São Paulo e Brasília, o Rio precisa dar uma resposta à questão da reciclagem, porque ela terá um grande poder multiplicador no país. No caso do Rio, essa necessidade aumenta por causa dos grandes eventos que vêm por aí: a Rio+20, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A prefeitura tem até agosto para estabelecer metas concretas de reciclagem — afirma Nabil Bonduki, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.
O prefeito Eduardo Paes concorda que o Rio tem de dar o exemplo, mas admite que o caminho é longo:
— Tivemos que sair do abaixo de zero na questão dos resíduos. Antes, tínhamos um aterro (de Gramacho) que poluía a Baía de Guanabara. Inauguramos o de Seropédica e implementamos outras ações importantes, como o decreto que exige reaproveitamento dos resíduos de todas as obras. Só agora poderemos começar a cobrar uma postura mais participativa dos cidadãos.
O envolvimento da população europeia com o tema inspirou a nova legislação nacional de resíduos. A lei determina que os municípios brasileiros joguem em aterros somente o lixo orgânico, ou seja, não reciclável. A meta deve ser atingida até 2014. O engenheiro químico José Carlos Pinto, professor da Coppe/UFRJ, diz que a lei 12.305 traz avanços em termos de conscientização. Mas defende que é preciso ir além:
— O Rio, por exemplo, é um dos grandes produtores de plástico do país. Mas as empresas daqui, ao contrário do que ocorre na Europa, não se responsabilizam pelo destino final desse material.
Para ele, sem um compromisso das empresas, é impossível fazer uma reciclagem à altura dos atuais desafios de sustentabilidade.
— Hoje, esse mercado existe por iniciativas individuais, em que o serviço do catador é feito longe das condições ideais. Mercado cuja base é sustentada por uma relação de trabalho ligada à exploração — diz José Carlos. — Em países como Japão, Canadá e Alemanha, existe a figura do catador, mas a logística da coleta é tão melhor, que o catador, com boas condições de trabalho, tem um peso muito menor na cadeia. Sem as grandes empresas envolvidas nesse processo, não há como implementar um sistema eficiente.
‘O caminhão desapareceu’
A falta de eficiência, na avaliação do chefe da Diretoria Técnica e Industrial da Comlurb, José Henrique Penido, é explicada pela ausência de investimentos maciços dos três níveis de governo.
— Em 1994, chegamos a ter 20 cooperativas de catadores nos bairros. Não restou nenhuma. Reciclagem só dá algum dinheiro para catador de rua. E ferro-velho só sobrevive porque tem gato de água e de luz. O preço do produto reciclado acaba saindo mais caro do que a matéria prima virgem. Sem pesados subsídios do governo, o sistema não vai funcionar — afirma Penido. — Não há mágica. A Alemanha gasta cinco bilhões de euros por ano para implementar um sistema eficiente. O povo alemão está muito satisfeito. E quanto ao Brasil? O país está disposto a investir?
A advogada Leonor Amaral não percebe esta disposição por parte do poder público. Ela lembra que a Comlurb chegou a fazer um “excelente serviço” de coleta seletiva em sua rua, na Praça Seca, em Jacarepaguá:
— Há quatro anos, o caminhão chegava à nossa rua, e os vizinhos, ao verem esse serviço, também se animaram. Começou a faltar e passou a vir só de vez em quando, até desaparecer por completo em dezembro do ano passado. Liguei para a Comlurb, e me informaram que estavam à espera de recursos para reimplantar o serviço em algumas ruas e expandi-lo. Mas o próprio funcionário da ouvidoria me disse que a coleta seletiva é o patinho feio.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/rio-so-reaproveita-3-das-84-mil-toneladas-de-lixo-geradas-por-dia-4340754#ixzz1pUKWt2if 
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sexta-feira, 16 de março de 2012

OS POBRES PODEM SALVAR O MUNDO / OS HUMILDES HERDARÃO A TERRA.

Os pobres podem salvar o mundo?

Sexta-feira, 16 de Março de 2012, 09:39:14Economia
Os acontecimentos até agora em 2012 confirmaram uma nova assimetria mundial. Espremidos entre uma insegurança financeira sem precedentes e perspectivas econômicas nebulosas, os países ricos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e suas classes médias temem sofrer enfraquecimento geopolítico e mobilidade social descendente. Em grande parte da Ásia, África e América Latina, no entanto, reina otimismo.
Entre os países desenvolvidos, essa mudança inesperada incitou medidas protecionistas, exemplificadas na defesa pela França de uma "desglobalização". Enquanto isso, entre os países emergentes, o orgulho por vezes manifestou-se como arrogância, que após décadas de prepotência do Ocidente, também chega com um quê de "schadenfreude", o prazer pelo sofrimento alheio. As economias emergentes, em desenvolvimento e desenvolvidas, no entanto, estão ligadas tão intimamente no mundo atual que, ou conseguem sair remando da crise juntas, ou entrarão em uma zona de perigo como não se vê desde a década de 30.
Depois da Segunda Guerra Mundial, emergiu uma nova economia global, na qual um número cada vez maior de países em desenvolvimento adotou modelos de crescimento impulsionados pelas exportações, proporcionando matérias-primas e bens de uso doméstico aos países industrializados. Essa nova economia foi um sucesso inegável: mais pessoas deixaram a pobreza no século XX do que nos dois milênios anteriores. E enriqueceu os países da OCDE, uma vez que a importação de bens e serviços baratos fortaleceu seu poder de compra.
O modelo, contudo, também enfraqueceu as estruturas sociais dos países ricos. Ampliou desigualdades e excluiu uma proporção cada vez maior de suas populações do mercado de trabalho. Além disso, é responsável pelos desequilíbrios financeiros que nos afligem atualmente: para conter os efeitos do aumento da desigualdade e menor crescimento, os países da OCDE impulsionaram o consumo caindo em dívidas - tanto públicas (o que levou à crise das dívidas governamentais da Europa) como privadas (o que facilitou a crise das hipotecas "subprime" dos Estados Unidos).
Isso teria sido impossível se os principais fornecedores de energia e bens industrializados dos países da OCDE não tivessem, ao longo do tempo, se tornado seus credores. Em uma extraordinária inversão da história, graças a grandes reservas internacionais, os pobres do mundo agora financiam os ricos. De fato, a hipertrofia do setor financeiro mundial de hoje em grande parte reflete os esforços para reciclar os crescentes superávits dos países emergentes para cobrir os déficits cada vez maiores dos países ricos.
Até recentemente, essa dinâmica era considerada transitória. O crescimento dos países emergentes necessariamente levaria a uma convergência mundial de salários e preços, portanto, interrompendo a erosão da indústria nos países da OCDE. A transição demográfica nos países emergentes encorajaria o desenvolvimento de seus mercados domésticos, a queda em seus índices de poupança e o reequilíbrio do comércio mundial.
Isso pode ser verdadeiro na teoria, mas a duração desse período de transição, que está no cerne da crise financeira mundial, foi terrivelmente subestimada. A "reversão das carências" - a nova abundância de homens e mulheres que participam ativamente da economia mundial, combinada com os limites cada vez mais visíveis para os recursos naturais outrora abundantes no mundo - ameaça prolongar a transição indefinidamente, por dois motivos.
Primeiro, a partir do ponto de vista macroeconômico, não podemos mais contar com a queda nos preços das matérias-primas, um dos estabilizadores econômicos em tempos de crise. Dada a crescente demanda nos países emergentes, o custo dos recursos naturais está destinado a ser um limitador cada vez maior.
Segundo, do ponto de vista social, depois de a força de trabalho no mercado laboral mundial ter dobrado no século XX, surgiu outro "exército industrial de reserva" na China e entre os três bilhões de habitantes dos países em desenvolvimento do mundo.
Um reequilíbrio do crescimento mundial demasiado rápido, por meio da redução dos desequilíbrios financeiros entre as economias da OCDE e seus mercados emergentes credores é arriscado, porque provocaria uma profunda recessão nos países da organização - e depois nas economias emergentes. Além disso, isso é improvável, porque presume que os países emergentes terão déficits comerciais com os países da OCDE e que os mercados domésticos dos emergentes se tornarão motores do crescimento mundial.
Se a análise for correta, uma nova estratégia de reequilíbrio mundial precisará começar em algum outro lugar que não nas economias ricas da OCDE. A adoção de novos modelos de crescimento no mundo em desenvolvimento - as partes do Sudeste Asiático, América Latina e África que não adotaram estratégias impulsionadas pelas exportações - pode proporcionar, pelo menos em parte, a demanda em falta que a economia mundial precisa tão urgentemente.
O sucesso desse cenário depende da combinação de três elementos. Primeiro, o comércio entre países em desenvolvimento e países emergentes precisa acelerar-se, desenvolvendo, portanto, o mesmo tipo de relação entre consumidor e fornecedor existente entre países avançados e emergentes. Segundo, os mercados internos dos países mais pobres do mundo precisam ser desenvolvidos de forma a alimentar mais crescimento doméstico. E, terceiro, os fluxos financeiros para os países em desenvolvimento - sejam investimentos externos diretos ou fundos assistenciais ao desenvolvimento - precisam aumentar e precisam vir não apenas das economias industrializadas, mas também dos países emergentes e dos exportadores de petróleo.
Reciclar os superávits mundiais por meio dos "bilhões na base da pirâmide" pressupõe uma completa reformulação dos modelos econômicos convencionais, o que essencialmente supõe que o milagre econômico asiático pode ser replicado. Afinal, mesmo se o mundo conseguir crescimento econômico significativo até 2050, dois bilhões dos nove bilhões de pessoas do mundo ainda estarão vivendo com menos de US$ 2 por dia e outro bilhão terá pouco mais do que isso.
Os pobres do mundo não deveriam ser vistos como um fardo, tanto pelas economias emergentes como pelos países ricos. Na atual crise econômica mundial, são a melhor estratégia de saída que temos.
Jean-Michel Severino é diretor de análises da Fondation pour les Études et Recherches sur le Développement International (FERDI) e gerente da Manager of Investisseur et Partenaire
Olivier Ray é economista do desenvolvimento do Ministério de Relações Exteriores da França. São coautores de "Africa's Moment" (A hora da África, em inglês).
Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 13 de março de 2012

País árabe anuncia construção de ‘cidade sustentável’

País árabe anuncia construção de ‘cidade sustentável’

O governo de Abu Dhabi, um dos emirados que integram os Emirados Árabes Unidos, anunciou ter começado a construir o que diz que será a primeira cidade verdadeiramente “verde” do mundo, com emissão zero de carbono, sem carros e sem produção de dejetos.
A Cidade de Masdar deverá custar US$ 22 bilhões e está sendo erguida na periferia da cidade de Abu Dhabi, que é a capital do país no Golfo Pérsico. A energia usada em Masdar vai ser produzida por painéis solares, e os residentes vão usar como meio de transporte vagões sem condutores que vão circular em trilhos magnéticos. A previsão é de que a nova cidade fique pronta em oito anos e seja o lar de cerca de 50 mil pessoas.
A arquitetura das construções vai ser inspirada na arquitetura tradicional dos países do Golfo a fim de minimizar o gasto de energia. Assim, em vez de ar condicionado, as construções vão ter torres para coleta e resfriamento do vento. A água será produzida em uma usina de dessalinização a energia solar. Como a água será inteiramente reaproveitada, os engenheiros acreditam que o consumo de água na cidade vai ser 50% menor do que a média nacional nos Emirados Árabes.
Apesar das vantagens ao Meio Ambiente, o projeto da Cidade de Masdar, que tem o apoio da ONG WWF, já está sendo alvo de críticas. Abu Dhabi é uma das cidades líderes do mundo em termos de emissões de carbono per capita, e os céticos dizem que o novo empreendimento não irá mudar essa realidade. Outros temem que Masdar se transforme em apenas mais um grande empreendimento de luxo para os milionários do Emirado.
Fonte: O Globo Online

segunda-feira, 12 de março de 2012

DECRETO DE MINAS MANDA REFLORESTAR

Minas Gerais estabelece novos critérios para reposição florestal

Segunda-feira, 12 de Março de 2012, 13:25:17Meio Ambiente
O Decreto 45.919, publicado no dia 2 de fevereiro, regulamenta os mecanismos para reposição florestal no Estado de Minas. A norma reforça a proteção das matas nativas, ampliando o número de categorias que são obrigadas a prestar contas sobre seu consumo de matéria-prima florestal, além de estabelecer novos critérios para o cálculo da reposição.
As mudanças agora regulamentadas foram definidas pela Lei Estadual nº 18.365 que, em 2009, alterou a Lei Estadual nº 14.309, publicada em 2002. O decreto detalha os artigos 47 a 52 da Lei 14.309 e também os artigos 64 a 73 do decreto anterior, o 43.710, publicado em 2004. Todas dispõem sobre as Políticas Florestal e de Proteção à Biodiversidade no Estado de Minas Gerais.
A reposição florestal é o conjunto de ações desenvolvidas para estabelecer a continuidade do abastecimento de matéria-prima florestal dentro de um foco de gestão ambiental. Buscam a sustentabilidade, o equilíbrio dos interesses públicos, sociais, privados e econômicos de conservação da natureza e dos recursos naturais".
Os diversos segmentos consumidores são obrigados a recompor o volume explorado, realizando o plantio de espécies florestais adequadas ao consumo, o que deve ser feito nos limites do Estado, fortalecendo a sustentação das cadeias produtivas que podem inserir o pequeno, o médio e o grande produtor.
Redução - Com a publicação do Decreto 45.919, o Governo de Minas cria as ferramentas que permitirão o cumprimento do cronograma de redução do consumo de produtos da vegetação nativa. A diminuição progressiva do uso de produtos procedentes dessas florestas foi estabelecida pela Lei Estadual nº 18.365, de 1 de setembro de 2009.
Pela lei, as indústrias devem utilizar, no máximo, 15% de produtos procedentes dessas florestas. De 2014 a 2017, o máximo permitido será de 10%. As novas empresas que se instalarem no Estado serão obrigadas a comprovar que seu consumo é de 95% de matéria-prima proveniente de florestas plantadas. Até 2018, o consumo de produtos e subprodutos florestais de matas nativas não deverá ser maior do que 5% do total utilizado.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães, observa que é o momento das empresas fazerem sua parte pela sustentabilidade.
-Aquelas que ainda não estavam se preparando para a reposição florestal e o cumprimento da redução de consumo estabelecido pela Lei 18.365 não podem mais alegar a falta de regulamentação, alerta.
Adriano Magalhães observa que a legislação federal e estadual em vigor autorizam a supressão de vegetação em matas nativas para uma série de empreendimentos.
-Ao regulamentar e otimizar o procedimento de cobrança da reposição florestal, Minas cria mais ferramentas que auxiliam na conservação da vegetação nativa e, ao mesmo tempo, ajudam a dinamizar a economia do Estado, além de recuperar áreas antropizadas que dão baixo rendimento para a agricultura, avalia.
Novidades - Dentre as outras mudanças implementadas, o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Marcos Affonso Ortiz Gomes, destaca a eliminação de lacunas como a que permitia atividades que antes não necessitavam realizar a reposição florestal, além de restringir o consumo de origem nativa do Estado.
-Faixas que antes não tinham a obrigatoriedade, agora precisarão fazer a recomposição Uma alteração significativa é estabelecer que os plantios devem ser realizados em áreas já alteradas pelo homem. A medida reduzirá muito o percentual permitido de exploração de áreas nativas e, conseqüentemente, levará a redução do desmatamento no Estado, destaca Ortiz.
Fonte: O Norte de Minas

sexta-feira, 9 de março de 2012

AGRONEGÓCIO SUSTENTAVEL

Tecnologias inovadoras para o agronegócio sustentável em 2050

Quinta-feira, 08 de Março de 2012, 11:25:14Empresas, Eventos e Cursos
A população mundial está crescendo num ritmo acelerado, o que significa que as pessoas e indústrias devem explorar ideias inovadoras, para planejar o futuro. A agricultura terá um papel fundamental no futuro. Os produtores deverão gerenciar os desafios da alimentação da população em expansão global – até 2050. Seremos nove bilhões de pessoas – para gerir com recursos reduzidos e preocupações ambientais. Para alimentar essa população, a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas informa que a produção global de alimentos deve dobrar até 2050 para evitar a fome em massa. Para a Alltech, esta meta apenas pode ser alcançada através de avanços tecnológicos significativos.
Durante o 28° Simpósio Internacional de Saúde e Nutrição Animal da Alltech, que acontecerá entre os dias 20 e 23 de maio de 2012, em Lexington, Kentucky, Estados Unidos, os palestrantes cobrirão muitos dos temas relacionados com a alimentação do mundo, no presente e futuro. O evento deve atrair mais de 2.000 participantes, que vão explorar soluções inovadoras para a indústria e seus desafios globais.
Dr. Pearse Lyons, presidente e fundador da Alltech, descreveu algumas das questões que devem ser abordadas pela indústria da agricultura."Quando olhamos para o futuro, temos algumas questões importantes  que precisamos responder com soluções inovadoras", diz Lyons. "Por exemplo, o que o futuro reserva para o mundo dos nossos filhos? Que papel ele terá? Que papel você terá? Ao olharmos para o futuro dos nossos filhos, temos de revolucionar a forma como pensamos sobre a indúsria de alimentos".
O Simposio proporcionará oportunidades para os profissionais participarem das sessões temáticas em áreas como aquicultura, leite, carne, equinos, aves, suínos, alimentos para animais de estimação, regulatório, juntamente com novas áreas de concentração oferecidas para este ano sobre a qualidade dos alimentos, rastreabilidade, fitotécnica, jurídico, marketing, tecnologia da informação e design de alimentos.
O Simpósio irá explorar possíveis respostas para questões enfrentadas pela indústria agrícola, hoje, tais como:
·         Por que a China tem sucesso enquanto as economias da Europa e América ainda não conseguem tê-lo?
·         Como a agricultura pode se beneficiar das redes sociais?
·         O futuro da aquicultura é a proteína?
·         Por que a Alltech deve considerar que a epigenética e nutrição programada são o futuro da produção de carne?
·         Por que uma rede de vendas é fundamental para a construção de um negócio?
·         O que a próxima geração de advogados, comerciantes e economistas precisam saber sobre uma economia em crescimento e uma nova exigência principal da vida, o alimento?
"Quando nos reunimos através da educação e discussão, nós criamos uma sinergia que nos permite desenvolver ideias revolucionárias para a sustentabilidade na produção de alimentos e compartilhar estratégias orientadas para o mercado de negócios, treinamento do agronegócio e investigação científica. Isso nos levará a encontrar soluções tecnológicas para as questões da nossa indústria", afirma o Dr. Lyons. "Como uma indústria e como bons cidadãos, devemos abordar essas questões agora para as gerações futuras que herdarão o nosso mundo”.
Para saber mais sobre o 28° Simpósio Internacional de Saúde e Nutrição Animal da Alltech, visite www.alltech.com/symposium ou solicite informações pelo email faleconosco@alltech.com .
Fonte:  Assessoria de Imprensa Alltech

EMBRAPA DESAFIA A ALTA PRODUÇÃO

Embrapa desafia a produzir mais

Sexta-feira, 09 de Março de 2012, 08:54:22Insumos
"O RS deve plantar mais trigo e chorar menos". O desafio foi feito pelo diretor-geral da Embrapa Trigo, Sérgio Roberto Dotto, em palestra no Fórum do Trigo na Expodireto. Segundo Dotto, o RS lançou na última safra apenas 830 mil hectares de trigo com um produtividade de 2,7 mil quilos/ha, mas pode chegar facilmente a 1,5 milhão de ha.
Sérgio Dotto instigou a plateia a pensar em produzir trigo para exportação principalmente para a África. Disse que a qualidade do trigo produzida no Brasil é superior ao da Europa e da Rússia. Uma nova estratégia de desenvolvimento do setor será colocada em prática hoje. O BRDE, a Câmara Setorial do Trigo e o Sinditrigo realizam a primeira rodada internacional de negócios na Expodireto.
O diretor do BRDE, José Hermeto Hoffmann, explica que esse envolvimento é uma inovação para um sistema financeiro, mas é uma estratégia de governo incentivar o setor. "Quando tem frustração no verão tem que investir no inverno, mas a preocupação é como escoar a produção. Precisamos encontrar esse caminho." Participam 11 cooperativas, quatro cerealistas, quatro moageiras e 11 países.
Fonte:  Correio do Povo

quinta-feira, 1 de março de 2012

APROVAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL PRÓXIMA SEMANA.

Acordo deve aprovar Código Florestal com revisão futura na próxima semana

Quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012, 08:52:50Meio Ambiente
Ambientalistas e ruralistas articulam um acordo que imponha uma revisão, em cinco anos, do Código Florestal que deve ser aprovado na próxima semana no Congresso Nacional. Trata-se da saída para corrigir o que consideram falhas no texto que já não podem mais ser sanadas. O texto que foi aprovado pelo Senado e que voltou à Câmara dos Deputados para apreciação final só pode ser modificado de forma limitada - trechos poderão ser suprimidos ou restabelecidos itens aprovados anteriormente pelos deputados, mas só isso.
"É importante a revisão dentro de alguns anos. Com dados concretos, poderemos verificar os efeitos do Código aprovado no meio ambiente", afirma o líder do PV, deputado Sarney Filho (MA). Ele diz que o texto aprovado pelo Senado, embora "menos ruim" que o da Câmara, ainda "não contempla nossas preocupações".
Sarney Filho reconhece que a minoria no plenário inevitavelmente os levará a uma nova derrota, razão pela qual avalia que, de imediato, o ideal é atuar no Palácio do Planalto para que sejam vetados artigos que ameacem a preservação da natureza. A médio prazo, avalia que o melhor caminho é a revisão. "Nosso campo de ação agora, na Câmara, é muito restrito, porque só pode rejeitar o que os senadores colocaram ou adicionar o que os deputados haviam aprovado".
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Moreira Mendes (PSD-RO), foi quem levantou, junto com outros deputados ligados ao setor, a ideia de rever o texto. Conversou com Sarney Filho, que se mostrou receptivo à ideia. "Para nós, como estamos sem saber as consequências e os impactos que o Código terá para a agricultura, a pecuária e a produtividade, a revisão é uma boa solução", disse Mendes
Ele defende que seja apresentado um projeto de lei com apoio de todos os líderes partidários, de modo que sua tramitação seja mais rápida. A ideia foi levantada durante uma reunião da frente parlamentar e já se fala em tê-la como "uma nova bandeira" da bancada.
A justificativa para essa ação são trechos que, em sua visão, são impossíveis de ser corrigidos, já que sequer são mencionados. "Como tratar de um Código que não fala de irrigação?", exemplifica Mendes. Outro motivo é a oposição do governo a alterações consideradas cruciais pelos ruralistas. A principal delas é a que se refere à recuperação das APPs. O texto aprovado pelos deputados, afirma Mendes, é ambíguo, pois ao mesmo tempo em que exigia a recuperação ambiental de pelo menos 15 metros em áreas com rios de até 10 metros de largura também previa que todas as áreas que estivessem em APPs estariam consolidadas. No Senado houve mudança - todos os rios ficaram com metragens mínimas a serem recuperadas. "O governo, provavelmente, não vai abrir mão e não há tecnicamente uma solução para corrigir isso na votação", explicou Mendes.
Fonte:  Valor Econômico

SEGURANÇA SAÚDE E MEIO AMBIENTE...

BASF apresenta novas metas ambiciosas para segurança, saúde e meio ambiente

Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012, 13:19:55Empresas
A BASF estabeleceu novas metas ambiciosas com foco em segurança, saúde e meio ambiente. A empresa deseja aumentar sua eficiência energética - definida como a quantidade de vendas de produtos em relação à demanda de energia primária - em todo o mundo para 35%, em 2020, em comparação com a meta anterior de 25%.
Além disso, a BASF tem por objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa por tonelada de produto vendido em 40%, meta originalmente fixada em 25%. Na área de saúde ocupacional, a BASF irá medir o seu desempenho com um novo e mais amplo indicador, o "Índice de Desempenho de Saúde". Segurança continua sendo a principal prioridade para a BASF.
"Desde que a BASF atua de forma intensiva na indústria de energia, o nosso sucesso depende de assegurarmos um fornecimento competitivo em longo prazo de energia e matérias-primas. Portanto, estamos trabalhando constantemente no sentido de aumentar a nossa eficiência energética em todo o mundo", disse Margret Suckale, membro da Junta Diretiva da BASF.
Em 2011, a BASF aumentou a eficiência energética dos seus processos produtivos para 26%, em comparação com 2002. O uso de unidades com tecnologias de potência de calor e outros projetos individuais ajudou a empresa a ultrapassar a sua meta de melhorar a sua eficiência energética. "Nossa nova meta ambiciosa é melhorar a eficiência energética de nossos processos de produção em 35% até 2020", explicou o Dr. Ulrich von Deessen, presidente do Centro de Competência de Segurança, Saúde e Meio Ambiente da BASF. Por essa razão, a BASF continuará a otimizar os processos em suas instalações e investir em novas unidades.
"Pretendemos também reduzir ainda mais as emissões de gases de efeito estufa em nossa produção e na cadeia de valor como um todo", disse von Deessen. Em 2011 - como em 2010 – a BASF já atingiu sua meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa por tonelada métrica de produto vendido para cerca de 35%, comparado ao ano de 2002. A nova meta é reduzir as emissões por tonelada de produto vendido em 40% até 2020 em comparação com 2002. Globalmente, a empresa reduziu suas emissões de gases de efeito estufa nos negócios de químicos em 42% desde 1990 devido a inúmeras melhorias na produção.
Emissões para o ar e para a água reduzidas 
A BASF também conseguiu reduzir ainda mais as emissões para o ar e para a água em comparação com 2002. Em 2011, cerca de 61%  a menos de poluentes foram emitidos para o ar (excluindo a produção de petróleo e gás). Emissões de substâncias orgânicas para a água diminuíram em cerca de 74%, de nitrogênio em 87% e metais pesados em cerca de 61%.
No negócio do petróleo e gás, a empresa do grupo BASF Wintershall tem como objetivo interromper a contínua queima do gás associado dentro de suas operações de rotina até o final de 2012 em todas suas instalações. A nova meta para Wintershall é melhorar a eficiência energética do transporte de gás natural: em 2020, objetiva reduzir as emissões de carbono relacionadas com a quantidade e a distância de transporte de gás natural em 10% em comparação com 2010. Isto será conseguido, por exemplo, por meio de um esquema de gasoduto mais eficiente em termos energéticos e a reutilização mais intensiva do calor residual na rede de transporte do Grupo WINGAS.
Outras novas metas ambientais foram definidas pela BASF para o uso responsável da água como um recurso. Em 2020, a empresa planeja reduzir pela metade a quantidade atual de água potável que utiliza para a produção em relação a 2010. A BASF também pretende estabelecer sistemas de gestão sustentável da água em todas as unidades produtivas em áreas de escassez hídrica. Nos últimos anos, a BASF teve um papel decisivo no desenvolvimento da European Water Stewardship Standard (Padrão Europeu para Segurança do Uso da Água), um padrão da indústria Europeu Voluntário para o uso responsável desse recurso.
Foco em saúde e segurança
A proteção de saúde será medida pela BASF em todo o mundo com a ajuda de um novo indicador, o "Índice de Desempenho de Saúde", composto por cinco critérios: relatório de doenças ocupacionais, planos de emergência médica, primeiros socorros, medicina preventiva e promoção da saúde. "Nós nunca comprometemos a segurança no trabalho diário, unidades produtivas, transporte e segurança do produto", enfatizou von Deessen. Para melhorar a segurança ocupacional e no transporte de produtos, a empresa quer reduzir o número de acidentes em 2020: os acidentes de trabalho em 80% (ano base: 2002) e acidentes de transporte em 70% (ano base: 2003).
Fonte:  Assessoria de Imprensa Basf