domingo, 4 de dezembro de 2011

Minhocario/ discursão sobre contaminação dos solos

Evento discute o uso de minhocas como indicadoras de contaminação dos solos (05/08/2011)
Entre os dias 8 e 10 de agosto acontece o workshop “Ecotoxicologia com Oligoquetas: métodos, práticas e importância”. Durante os três dias, pesquisadores vão assistir a palestras e participar da edição de um livro com orientações e experiências brasileiras em pesquisas com minhocas e enquitreídeos como indicadores de contaminação dos solos.

O Brasil é reconhecido pelas pesquisas para avaliação e controle da contaminação da água, mas para o solo são feitas análises apenas para determinar a concentração dos compostos químicos, isoladamente. Somente por meio de pesquisas mais completas podem ser verificados com maior complexidade os efeitos dos níveis tóxicos das substâncias nos solos. Uma das variáveis mais efetivas é o comportamento de oligoquetas, especialmente as minhocas, extremamente sensíveis às alterações no solo.

O solo abriga e sustenta uma infinidade de organismos e todo um ecossistema que pode ser afetado por poluentes (agrotóxicos, metais pesados, etc.) nele depositados. Por isso, os métodos de avaliação da qualidade do solo são cada vez mais necessários para o monitoramento ambiental e a prevenção de desastres. Os oligoquetas (minhocas e
enquitreídeos) têm sido amplamente usados como indicadores de contaminação do solo e protocolos-padrão internacionais foram desenvolvidos para espécies de clima temperado. Porém, esses testes devem ser adaptados à realidade brasileira (temperatura, substratos, espécies), para que gerem respostas mais realistas sobre a contaminação.

Atualmente, no Brasil, apenas o teste agudo e de fuga  (ou rejeição) com minhocas foram recentemente incluídos nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Existem outros testes que são igualmente importantes, mas ainda não foram padronizados e adaptados para as condições brasileiras.

Existem várias iniciativas de uso desses animais em diversos testes ecotoxicológicos no país, e é necessário buscar padronizar os testes e a forma de apresentação dos dados para otimizar a geração de informação sobre os impactos dos contaminantes nos oligoquetas e no solo.

Para isso, o evento organizado pela Embrapa Florestas e Universidade Positivo visa compartilhar as experiências obtidas pelos diversos grupos de pesquisa na área e produzir um manual sobre o uso de oligoquetas nativos e exóticos em testes ecotoxicológicos no Brasil, contribuindo assim para melhorar o monitoramento e a avaliação da qualidade dos solos brasileiros.

O evento vai acontecer na Universidade Positivo e conta com a participação de pesquisadores da Alemanha e Portugal, além de instituições de pesquisa de todo o Brasil. O público alvo do workshop são agrônomos, técnicos agrícolas, engenheiros florestais, biólogos, zoólogos, pesquisadores e alunos que trabalham com o monitoramento e avaliação dos solos agrícolas, florestais e urbanos do país.
Texto e informações para imprensa:
Katia Pichelli – Jornalista (Mtb 3594/PR)
Embrapa Florestas

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